Em 2019 navegamos pelo Mediterrâneo! CROACIA

Em 2019 navegamos pelo Mediterrâneo!

Eu compartilho fotos e anedotas deste estágio na CROÁCIA. Kastela, Split, Biograd, Sibenik, Trogir, Brac, Solta. Bora vento de 175 km no Adriático. Ancoradouros, praias e os melhores portos. Dicas para marinheiros.

Quase um mês atrás chegamos na Croácia, nós viemos com grande expectativa e isso não nos decepcionou. Suas paisagens, suas águas, a arquitetura medieval, a comida, as pessoas, tudo tem sido muito interessante.

 

A cidade onde compramos o barco fica a poucos quilômetros de Split. É chamado Kastela e existem vários “bairros” pequenos construídos em torno de antigos castelos que estão perfeitamente preservados. Tanto que em quase todas, tem cenas de Game of Thrones filmadas. Em todas as cidades croatas existem castelos, fortalezas, catedrais ou ruínas, mas aqui em Kastela eles são especialmente concentrados e misturados com o cotidiano do bairro. Eu quero dizer que você não tem que ir especialmente para vê-los, mas você passa por eles  quando vai ao supermercado!

O inverno no Mediterrâneo em geral, e no Adriático em particular, é uma estação difícil em termos de ventos e temperaturas. Um dos ventos típicos desta região é o Bora (bura em croata) e já havíamos sido avisados ​​nos guias de navegação, que podem ser muito fortes e perigosos. Essas águas, que no verão são tão pacíficas para navegar, podem se tornar um inferno em questão de minutos se o Bora cai das montanhas.

Uma semana atrás, vimos que o pessoal da Marina Kastela, dedicou seu dia para colocar cordas extras entre barco  e barco, reforçar amarras, remover alguns barcos da doca, etc.

Como diz o ditado “onde quer que você vá, faça o que você vê” …

Quando o vento chegou, ele o fez com tanta fúria que, apesar de estar a poucas centenas de metros da proteção da montanha, a água dentro da Marinha ficou branca, começou a voar, e todos os veleiros estavam adernados  vinte ou trinta graus e foi assim que eles ficaram. Imaginam centenas de barcos que puxam violentamente as amarras e as docas … bem, isso foi por mais de 24 horas. Nessas circunstâncias, houve um diálogo a bordo que ficou para a história: – “Vou checar se as cordas estão boas” … – “Não, não saia, vc pode sair voando!”.

 

Depois da tempestade, as pessoas daqui disseram que ele foi o mais forte em vinte anos. E as notícias relataram mais de sessenta barcos  quebrados em Split, Trogir e outros lugares, e rajadas de até 175 km por hora foram registrados, ou seja, o equivalente a um furacão de categoria dois …

Retornada a normalidade, continuamos com nossas tarefas de preparação do barco e viagens turísticas. É um país relativamente pequeno e permite conhecer um par de cidades e várias povoados  pequenos em um dia de carro ou num par de dias de navegação. Biograd, Trogir, Sibenik.

Como acontece na Grécia, aqui se experimenta a estranha sensação de caminhar pelas mesmas ruas e pisar nas mesmas pedras que Carlomagno ou Imperador Deocleciano pisaram. O cara não economizou nas despesas, hein. No ano 305 (dc.) ele abdicou como imperador de Roma e veio morar em Split, que na época fazia parte do quintal romano, onde ele mandou construir um palácio incrível com uma catedral e tudo. Como parte da decoração, ele usou entre outras coisas algumas esfinges do século XV (a.c.) que “trouxeram” das suas campanhas no Egito. Como quem passa pelas Lojas Americanas, digamos… Seus restos mortais são precisamente nessa catedral e tudo o que é visitável.

 

Em poucos dias iremos a Montenegro, passando por várias outras cidades e ilhas croatas. Além de Dubrovnik, uma das escalas que mais me interessa é Korčula, uma ilha onde pessoas importantes como Marco Polo e a mãe e pai de meu amigo Hugo Finara nasceram. Vamos ver o que encontramos …

E no final de junho, com a chegada da primavera, retomamos as Clínicas Oceanicas! Sicília e as Ilhas Eólias, Costa Amalfitana, Cerdegna, Palma de Maiorca, Ibiza e Formentera.